Ato 2: A grande tristeza

Quando meu corpo pifou foi de uma vez... fiquei um tempão com problemas de saúde, triste, desanimada... parecia que toda a força que eu sempre havia tido antes acabara de uma vez!

"E o meu jardim da vida, ressecou, morreu. Do pé que brotou Maria nem Margarida nasceu..."

Assim, eu me sentia bem assim.

Eu sempre soube que vou ter uma filha... já até sonhei com ela. Ela vaise chamar Lílith... Ela já tem livros, vestidos, sapatinhos... Mas eu nunca havia imaginado o pai dela... já havia imaginado adotar, fazer inseminação artificial... mas nunca um pai real.

Eu sempre fui muito "minha, só minha e não de quem quiser"... a idéia de dividir a vida com alguém não soava muito boa aos meus ouvidos... na verdade, nem um pouco boa, era terrível mesmo!

E eu não tive muitos exemplos de casamentos felizes... o dos meus pais não foi, o da minha irmã não foi... das minhas tias tampouco... então eu pensava em casamento como um sonho só sonho mesmo... que era bom de sonhar mas não de virar realidade.

Eu sonhava com um casamento bem hippie... com batas, flores nos cabelos e pés descalços... e um marido... bem um marido? Precisa mesmo? Hoje eu percebo que não sonhava com um casamento, e sim com a festa e o rito do casamento... e nessa fase da grande tristeza nem com isso eu sonhava mais, queria mesmo era ficar só!

E foi aí....

Continua no ato 3...

Beijos,

Lud

PS. Que bom que gostaram do ato 1 de ontem... se tiver ficando chato me avisem!
Beijooos