Assunto Difícil

Meninas, o assunto de hoje é triste, muito triste e difícil para mim... Estou escrevendo como um desabafo mesmo, afinal, quando criei este blog a ideia era falar sobre esse momento dos preparativos do meu casamento, registrar não só minhas buscas e escolhas de fornecedores, mas também minhas emoções e sentimentos... Algumas vezes já me expus, mas não me incomodo... a boca fala daquilo que o coração está cheio. E hoje o meu coração está cheio de tristezas...
Vocês, que são noivas ou recém-casadas, conseguem imaginar o que é não ter a sua mãe ao seu lado no seu casamento. E por vontade dela? Eu não preciso imaginar, é isso que estou vivendo. A minha mãe é alcoólatra, ela bebe desde que eu tinha 5 anos de idade e convivi a minha infância e boa parte da adolescência com esse vício destruidor. Não vou citar a quantidade enorme de problemas, sofrimentos e tristezas que tive durante toda a vida devido a esse problema. E foram muitos, os mais terríveis.
Devido ao alcoolismo eu não tive minha mãe nos momentos em que mais precisei, isso doeu e ainda dói muito, são ausências em momentos que jamais se repetirão. Entre idas e vindas, internações, períodos de abstinência e recaídas, ela teve outra recaída agora, há 84 dias do meu casamento... E pela minha experiência, pela quantidade de decepções que já tive, eu sei que dia 08 de setembro ela não estará lá. E não sei o que é pior, se é o fato dela não estar ou dela ir, beber muito, dar vexame e ainda arrumar confusão com o companheiro dela que também bebe e é extremamente possessivo e violento.
Ao longo de mais de um ano de noivado, infelizmente, eu não posso dizer que minha mãe tenha ficado ao meu lado, me apoiado, sido presente, me ajudado... Não digo ajuda financeira não, isso nem entra na minha lista de coisas que me faltaram. O que me faltou foi ela se interessar pelo casamento, perguntar, querer saber, dar opinião, participar... No dia mesmo do noivado o companheiro dela arranjou uma confusão tão grande horas antes que por pouco não pôs tudo a perder. E ela nunca pergunta como estão indo os preparativos, nem como estou, nem se preciso dela pra algo... Ela foi comigo 1 vez comigo ver espaços para a festa, em uma degustação de doces e um dia na procura de vestidos... e mesmo assim ela só foi porque EU pedi, EU chamei, EU marquei num dia que ela pudesse, EU fui busca-la e leva-la na casa dela, EU aguentei as chateações, as brigas e os telefonemas irritantes do companheiro dela... dela mesma não partiu uma iniciativa sequer. Ela nunca falou: “filha, você já tem vestido? Quer ajuda pra escolher”? Todas as vezes eu é quem fui atrás dela... e muitas vezes estava falando toda empolgada sobre alguma coisa do casamento e ela me interrompia como se não estivesse ouvindo nada e começava a falar de alguma briga que teve com o companheiro.
Me dói muito dizer isso, eu sinto muita inveja – não inveja má, de querer mau,  mas inveja de tristeza mesmo, de mágoa – quando vejo relatos de outras noivas contando como as mães as ajudam, que a mãe fez isso ou aquilo, que sugeriu alguma coisa, que fez lembrancinhas ou um simples docinho pro Chá de Panela. Eu não tive e nem tenho nada disso. E isso dói demais meninas, demais mesmo.
Eu já chorei muito, já conversei muito com meu noivo e com Deus... e é nas mãos Dele que entreguei tudo. Afinal, não há mais nada que eu possa fazer. Tudo que vocês imaginarem eu já fiz e já tentei. Já a acompanhei em tratamentos, já fui guarda-costas dela, já chorei, me descabelei, fui compreensiva, paciente... enfim, em 26 anos de luta eu me sinto esgotada. Desisto, entrego os pontos e reconheço: eu não posso obriga-la a parar de beber e menos ainda a se importar comigo e participar da minha vida. Essa é a triste realidade...
Eu choro só de me imaginar de noiva sem ela ao meu lado... choro porque a importância que ela tem na minha vida, eu não tenho na dela. O amor incondicional que sinto por ela, não é recíproco. O espaço que ela ocupa na minha vida é imenso e eu quase nunca tive espaço na dela.
De tão desesperada, pensei em desistir da festa... mas, depois vi que não seria justo nem comigo nem com meu noivo que tanto amo e que sonha tanto com esse momento também. Peço que até lá Deus me acalme e conforte... estou tentando não perder o foco dos preparativos e viver esse momento tão especial da minha vida... mas estou triste, muito triste.
Ludmila

Casamento Civil

Meninas, que saudadeeeee! Não vou nem pedir desculpas pelo sumiço porque eu sei que vocês me entendem, não entendem? Digam que sim, por favor! Porque: pouco mais de três meses pro grande dia + computador que resolveu ficar mais lento que tartaruga com sono + arraiá de panela e chá de lingerie chegando + prévias pra fazer + encontrar um padre + decidir um monte de coisas sobre os convites e detalhes + pagar ainda um milhão de coisas + 750 alunos pra dar aulas, corrigir provas e fazer diários + problema muito sério de família + ter tempo para o noivo, para comer, tomar banho e malhar pra não cair na mais absoluta gordice = NOIVA SEM TEMPO PRA NADA E QUE PRECISA DE UM DIA COM 63 HORAS! Uffffaa!
E hoje vim aqui pra dizer que finalmente conseguimos dar entrada no casamento civil... da outra vez que tentamos não deu certo porque minha certidão de nascimento estava completamente detonada! Precisei pegar a segunda via!
Processo iniciando... a atendente pergunta: "você vai mudar de nome"? "SIM!" Eu respondo... é sobre esse SIM que quero falar hoje!
Eu sempre achei que se um dia me casasse - o que já achava impossível! - eu jamais iria trocar meu nome! Eu sou feminista histérica sim! kkkkk! Ora bolas, isso vem de uma cultura machista e patriarcal, em que a mulher é considerada propriedade do homem, primeiro do pai e depois do marido. Sem contar que nas  mulheres o nome da mãe deveria vir por último pra quando a filha se casar perder o nome da mãe e não do pai. Eu, mudar meu nome? Mesmo meu noivo querendo... Nunquinha!
E foi por essa cultura machista que a o sobrenome da avó do meu noivo quase foi extinto... como foi preservando só o sobrenome da família do pai, o dela quase deixou de existir... Ai meu sogro se tocou desse absurdo e resolveu entrar com um processo na justiça para conseguir inserir no nome dele o sobrenome da mãe dele. Ele lutou anos e anos na justiça por esse direito, e conseguiu! E, mesmo antes dele conseguir isso ele registrou todos os filhos com o - quase extinto - sobrenome da mãe dele: Karino. E meu noivo e os irmãos deles são todos Karino, o filho dele e os sobrinhos também... E eu gostei tanto da história e achei ela tão bonita do ponto de vista do respeito às mulheres que resolvi sim mudar meu nome. A partir de 08 de setembro passarei de Ludmila Raquel Tavares da Silva.... para..... Ludmila Raquel Karino Tavares. !
E sabe que eu gostei?
Ah, e tirei o "da Silva" que eu tinha no meu nome só por conta de uma briga dos meus pais e do machismo do meu pai, rsrsrsrs.

E vocês? Mudaram o nome? Vão mudar? Sim? Não? Por que? Me contem!
Um beijoooo
Lud

Não é que fica mesmo??? S2


100, 99, 98...

Hoje faltam exatos 98 dias para o dia do nosso casamento! Céus, o tempo está voando! Nem tempo para atualizar o blog eu tenho mais... o trabalho (tenho quase 700 alunos!) está num ritmo louco e os preparatórios do casório então... Nosso Arraiá de Panela será dia 22 de julho, e já estou organizando tudo e fazendo várias coisinhas manuais... Comprei os tecidos da decoração, estou num dilema sobre o casamento religioso, vamos gravar nosso save e fazer ua prévia ainda esse mês...
Tantas coisas que o dia deveria ter 34 hs!
Eu morria de medo de cegar nos 2 dígitos porque a sensação é de que falta pouco tempo demais!
Ao mesmo tempo que eu queria que fosse hoje eu queria ter mais tempo pra fazer tudo e dar mais atenção à vocês...

Um beijo e tchau!
Rumo ao Taguacenter (Algo como o Saara - RJ ou 25 de Março - SP  aqui de Brasília!) comprar várias coisinhas para os chás e lembranças!

Bom fim de semana!
Lud

Tempo, tempo, tempo és um dos deuses mais lindos!