Sobre nosso Natal!

Oi meninas! Obrigada pelos comentários do último post... agradeço mesmo, de coração! Vocês são incríveis e alegram minha vida!
E o tema de hoje é a cara da alegria! Vamos falar de natal!
Eu não gostava de Natal... essa época me dava tristeza, melancolia... nada contra o natal em si, mas pelo post passado vocês devem imaginar que não tive muitos natais felizes. Ao contrário, eram sempre tristes...
Não tinha nada, mas nunca faltava isso aqui:
Só quem já foi pobre entenderá, kkkkk!

Então, Natal me dava melancolia... aquelas luzes, enfeites, famílias reunidas... lindo demais, mas para mim era a cara da depressão!
 Mas aí um dia eu pensei, quando eu tiver minha casa e meus filhos eu farei lindos natais! Vou enfeitar a casa e fazer uma ceia bem linda!
Esse momento chegou - sem os filhos, hehehe - tenho minha Ohana (família), nossa casa... e teremos nosso natal!
Maaaaaas... como tudo tem um mas... a mãe do meu esposo faz aniversário no dia 24 de dezembro, então, o natal/aniversário é sempre na casa dela... pois se reúnem todos os filhos, netos, irmãos, parentes e agregados... e não teria como vir esse povo todo aqui pra casa, pois não cabe mesmo. E por outro lado não seria justo eu separar a família e fazer nosso mini natal aqui...
E no dia 25 sempre tem um almoço e um tradicional amigo oculto... de novo na casa da sogra... nesse vai mais gente ainda... logo, nada de almoço de natal.
No entanto, eu não desisti do nosso natal, não mesmo! Afinal, esse é nosso 2º natal casados, mas o primeiro na NOSSA CASA! Na casa conquistamos juntos, na qual iremos morar muitos e muitos anos! E onde pretendemos criar nossos filhos! E pra mim, por tudo que falei, não é a mesma coisa o natal na casa da sogra ou de qualquer outra pessoa... 
Então, eis que no dia 25 de dezembro nós teremos o nosso CAFÉ DA MANHÃ DE NATAL! Comprarei panetone, farei rabanadas, pão caseiro, bolo, chá, chocolate quente e biscoitos de natal - que ainda vou descobrir como se faz... aceito receitas! -  e eu, meu marido, o Guga, a Alícia, a Lelê e minha mãe, teremos nosso café da manhã de natal da nossa ohana!
OHANA!

Biscoitos de natal!
Hoje fui a uma loja muito legal (Época Festas, no Taguacenter) e comprei vários e lindos enfeites! E domingo já vou enfeitar a casa toda! Vou tirar fotos e mostrar pra vocês!
Ah, e além disso, nesse domingo foi o aniversário do meu sobrinho Arthur! Lembram que nesse post eu falei da tradição de enfeitar a casa no dia do aniversário dele? Eu e minha irmã sempre dávamos um jeitinho de fazer algo pra ele... e esse ano fizemos uma festinha surpresa, com o tema... Natal, óbvio! 

Eu fiz a decoração! Ficou simples mas achei lindinha!









 Minha mamãe linda, que faz as melhores rabanadas do mundo!



 Tunico soprando a vela de natal do bolo que eu fiz! Lindo da tia! Já tem 12 anos meu bebê!




 Também fiz os cupcakes...



 Da esquerda pra direita: Márcio (pai do Arthur), mamãe, Arthur, irmã e cunhado! Faltou meu amor!

 E aqui está ele, com o Guga que não larga o fone de ouvido e o Rô imitando o Hulk!

Depois volto com fotos da nossa casinha enfeitada, vou arrumar tudo no domingo!

Beijocas
Lud

A filha da minha mãe e eu.

Oi meninas! Saudade de vocês! Essa foi minha primeira postagem lá no Barriguda... mas resolvi trazer pra vocês também! =)
Se não gostarem da vibe mamãezística é só falar que não posto mais esses temas aqui, hein?
Beijoooos,
Lud

Tirei o título dessa postagem de um livro que li meses atrás.. olhando pra trás vejo que ter comprado esse livro foi um dos meus primeiros passos rumo a maternidade. Eu amo ler, comprar livros pra mim não é novidade, mas quando me deparei com a sinopse desse livro, algo dentro de mim se identificou totalmente...

(...)Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha.(...)

E é exatamente assim comigo. 
Esse é meu primeiro post nesse blog que pretende ser meu diário como (futura) mãe e nada melhor que me apresentar, no entanto, mais que dizer que me chamo Ludmila, tenho 27 anos - até dia 21 do mês que vem, sou casada há 1 ano com o Marcos, o japonês mais lindo do mundo, sou servidora pública, moro em Brasília, adoro chocolate, pipoca e manga verde; preciso dizer que não conseguiria me construir como mãe sem primeiro me entender como filha, como a filha da minhã mãe.
Assim como no livro, existem duas Ludmilas: a filha da minha mãe e eu. E sim, eu sou as duas!
Minha relação com minha mãe é tão complexa que eu não sei se conseguirei me fazer entender... é de um amor imenso, de culpa, de dor, de lágrimas e de sorrisos... é da presença constante de uma falta, é de cuidado e de compaixão.
Minha mãe foi absurdamente carinhosa comigo, e absurdamente ausente também... foi meiga e relapsa, foi incentivadora e distante... como explicar? Não sei, mas sei que agora que quero ser mãe eu começo vê-la com outros olhos... com quais? Não sei.
Eu demorei - e ainda estou nesse processo - a me ver como "eu mesma" e não como a filha da minha mãe. Deve estar confuso para vocês entenderem, isso tem gerado anos de análise... mas o fato é que minha ligação com minha mãe é assim mesmo, simplesmente confusa!
Vou tentar ser didática, explicar algumas coisas... minha infância foi relativamente comum até meus 5 anos de idade, quando meu pai cometeu suicídio, deixando minha mãe viúva aos 27 anos e com duas filhas (minha irmã Lory com 8 anos e eu com 5). Minha mãe surtou, passando de uma depressão profunda para curtir a vida adoidado como se não houvesse amanhã, nisso ela se tornou alcoólatra e por aí vocês já podem imaginar minha infância.
Minha mãe bebia muito, ficava longe de casa, se envolvia em relacionamentos desastrosos, não tinha responsabilidades... e quando estava em casa me colocava pra dormir com cafuné na cabeça e nas costas, fazia bolo nega maluca e leite com Nescau pra mim, contava histórias, brincava e dengava... Minha mãe não me batia, minha mãe sempre me dizia que eu conseguiria tudo a que me propusesse, minha mãe me dizia que me amava e me beijava. E minha mãe gastava todo o dinheiro da nossa pensão com bebidas, e me deixava doente com minha avó cuidando, saia para buscar remédio e não voltava mais, nunca me perguntou aonde eu ia, nem quando chegava, nem me chamou pra tomar banho ou almoçar, nunca se preocupou com quem eu andava, nem com o que eu comia. E eu nunca dei trabalho. Passei para uma universidade federal aos 17 anos, sempre trabalhei, estudei, não bebia, nem fumava, drogas menos ainda, namorei sempre caras legais... a filha perfeita por fora, mas vazia por dentro. 
Durante muitos anos eu me concentrei nesse vazio, nessa falta, na negligência da minha mãe, nas consequências - terríveis - disso tudo. Coisas que até hoje eu carrego. E toda minha vida foi baseada nessa sensação de desamparo, de não ter alguém para cuidar de mim... e ao mesmo tempo com carinho... difícil mesmo de explicar, eu sei.
Alguns anos de vida, de terapia e de experiências... hoje me vejo querendo ser mãe. E o que isso muda ? Muda tudo, mas não sei como.
Hoje eu sou mais eu que a filha da minha mãe, hoje consigo ver que tudo que eu passei me fizeram ser quem sou, para o bem e pra o que não gosto, e o saldo no fim das contas é positivo... 
Sei que minha mãe me ama, me ama do jeito dela e me ama como sou, e isso basta.
Ainda tenho medo de ser mãe, muitos medos... mas isso será assunto para outro post! 
Essa apresentação já está grande demais...
Falei, falei, falei e chego ao mesmo lugar, minha mãe é minha maior inspiração e meu maior medo... com base nela eu sei o que quero ser e o que não... estranhamente simples assim.
A filha da minha mãe e ela!

Minha mãe, meu amor...
 PS. Não estranhe se alguma vez eu me referir a minha mãe como TIA. É que eu e minha irmã a chamamos assim: Tia! kkkk! Vai entender....


O livro que falei no início!


E muito prazer, sejam todas bem vindas ao Barriguda!
Beijos
Ludmila

Sobre ser mãe...

Depois de me casar o que mais ouço são perguntas de "quando virá o bebê?" Quem não? Eu ainda não sou mãe, nem estou grávida... mas nesses últimos tempos estou pensando bastante nisso. Eu sempre tive medo de ser mãe, e não, não era medo de engravidar antes de me casar, nem de ser mãe solteira... era medo de ser mãe mesmo! Medo dessa responsabilidade, dessa relação infinita. Tanto que mesmo casada continuo com esse medo. A uns dois meses atrás, depois de todo mundo resolver me mandar fotos de bebês japinhas lindos pelo face, nós achamos que eu estava grávida, eu fiquei desesperada, doida, assustada, chorona! Fiquei desesperada e ao mesmo tempo me culpando pelo desespero, pois se já estivesse grávida não queria que meu filho se sentisse rejeitado! Daí fiz o exame de sangue e deu negativo... e aí eu fiquei triste. Como assim? Quem vai entender a cabeça de uma mulher? A criatura tem medo de estar grávida mas age como se estivesse, quer que o exame dê negativo e quando é esse o resultado fica triste... bipolaridade aqui é mato! Hahahaha!
O fato é que mesmo antes desse "susto" eu já estava pensando sobre filhos com menos pânico... quando pensava em ter um bebê eu não pensava mais apenas em trabalho, gastos, choros e quilos a mais! Eu passei a pensar num sorriso banguelo e babão, na dimensão de um amor que ainda não conheço, num serzinho fruto do meu amor com o cara que eu tenho certeza que será - pois já é - o melhor pai do mundo. 
Me pego imaginando se esse neném será japinha como o pai ou zoiudo como a mãe, se vai gostar de esportes ou de livros, ou dos dois! Se vai ser chorão ou quietinho, extrovertido ou simples, se vai preferir a mamadeira de leite ou de chá... enfim, fico imaginando como será esse novo ser humano que ainda não existe, mas que tenho certeza que terá o cabelo liso, rs! Não que eu prefira, mas é que a genética é implacável!
Eu já li em muitos lugares que junto com o filho nasce uma mãe... mas no meu caso eu sinto que a mãe está nascendo antes mesmo do filho ser gerado... eu sinto que a cada dia a minha vontade de ser mãe supera meu medo, que a cada dia eu aprendo um pouco sobre o que é esse mundo. Eu percebo que estou mudando e me "tornando mãe" quando eu passo horas lendo blogs de grávidas pelo celular antes de dormir, quando paro em lojas de bebês e fico namorando coisinhas, quando nosso Pipoca (apelido do nosso bebê que ainda não tem nome) já é um assunto corriqueiro entre eu e o marido, quando me preocupo em não ocupar o quartinho dele com tranqueiras que depois terei que tirar, quando me preparo psicologicamente para engordar uns quilos e me imagino depois correndo e empurrando o carrinho do bebê menos de um mês após o parto.
Tudo isso e mais algumas coisas me fazem perceber que eu estou me tornando alguém capaz de ser mãe. Eu sempre soube que serei mãe, que terei um filho! Aos 14 anos comprei um vestidinho, já comprei vários livrinhos - o bebê já tem uma mini biblioteca, rs! Mas isso era uma coisa distante, afinal eu pensava "EU vou ter um filho", "EU vou ser mãe". Será MEU filho". E agora isso mudou, ter um filho se tornou algo real e será NOSSO filho! Mais um pedacinho da nossa família! Na lua de mel eu e o marido compramos um chinelinho de couro pro Pipoca, que ele diz que só vai calçar nele pra me agradar, mas que vai ter um mini nike no carro pra colocar assim que eu sair de perto, hehehe. 
Enfim, eu fico viajando nessas coisas, fico sonhando, nós dois ficamos, na verdade. Eu ainda tenho medo? Sim, muito! Principalmente quando vejo que um pedacinho de pano de 30 cm com uma gola e duas manguinhas custa muito dinheiro! E que um par de micro sapatinhos que sequer irão tocar o chão custa uns 80 conto o mais em conta! Como assim? Bebês não andam, até uns 4 meses mal sentam e um sapatinho custa 80 conto??? Oi? É isso mesmo? kkkkk! Aí eu começo um diálogo interminável comigo mesma...
"Preciso mesmo passar noutro concurso antes de engravidar... nada de filhos antes disso."
Logo em seguida...
"Ah, mas nosso filho não precisa de vários pares de sapatos, não até ele começar a querer andar... e tanta gente com menos estabilidade financeira que eu e o marido  temos, tiveram, tem e cuidam dos seus filhos muito bem, obrigada!"
"Mas eu quero dar todo conforto e segurança pro nosso bebê, vou querer vesti-lo com todas as roupinhas fofas do mundo, vou querer um quarto lindo, um excelente plano de saúde."
"Tá... sei que os bebês vivem muito bem sem isso tudo (exceto o plano de saúde) e sei também que no fundo isso tudo é pra me dar alguma segurança, alguma garantia de que serei uma boa mãe, de que nosso filho terá a estabilidade que eu nunca tive, mas que essa segurança deve estar em mim, e na cadeirinha do carro".
E assim eu vou, dialogando sozinha e com o marido sobre tudo isso. Nós ainda não estamos tentando ter filhos, mas já paramos de evitar, e que ele venha no tempo de Deus, no tempo que tiver que ser! Pois outro medo que eu tenho é de que quando eu quiser muuuuuito ter um filho não vou conseguir engravidar e vou passar anos e anos tentando até recorrer a uma FIV. Tá, eu sou neurótica e doida, eu sei!
E como sei que sou mesmo louca e não lido bem com ansiedades achei que assim será a melhor forma. Não vamos evitar, mas tampouco iremos contar os dias férteis e transformá-los em potenciais fazedores de bebês. Vamos deixar ir, nosso corpo e a vontade de Deus... e quando nosso bebê vier sei que vai começar uma fase completamente nova em nossas vidas.
(Um parênteses: Minha prima Amanda - de 18 anos e que até hoje eu chamo de bebê - está grávida... meu bebê vai ter um bebê! Isso mexeu um bocado com esse turbilhão de sentimentos já aflorados em mim... me deu uma alegria enorme saber que a cegonha vai trazer o bebê dela! Sim, a CEGONHA, a CEGONHAAAAAAA vai trazer o bebê dela e tenho dito! É assim que os bebês das priminhas da gente vem ao mundo e não me venham dizer o contrário, grrrgrrrrrr!)
Sempre leio relatos de mães (adoro ler blogs de mães adolescentes, acho que me identifico com a intensidade dos sentimentos e medos, pois ainda que eu já tenha a estabilidade da renda e do casamento, por dentro me sinto uma adolescente com medo de engravidar do namorado e não ter o que fazer! kkkk!) e elas sempre dizem que só conheceram o amor incondicional quando foram mães, que é um sentimento tão grande e tão forte que não tem explicação... isso também assusta, muito! Mas acho que estou perdendo o medo do medo, entendem?
Meninas, sei que o post está imenso e se alguém chegou até aqui e quiser me contar como soube que queria ser ou que seria mãe, como é ser mãe ou como imagina que seja eu vou adorar ouvir!
Um beijo grande e fiquem com as fotos dos meus filhos da internet, a coletânea de bebês japinhas mais lindos do mundo que todo mundo me manda pra ver se a gente animava logo... e não é que funcionou, rs!?
Esse é o Rogerinho ainda bebê! Quem resiste?


Quintuplos, kkkkk! Mega sena vem ni mim! 


Acho que o nosso vai ser assim... com zoião puxado! kkk

PS. Comecei a criar um blog chamado Barriguda! Nele quero relatar as coisas referentes a tudo isso que falei... mas claro que vou continuar falando por aqui também!
E lembrei agora de mais uma das minhas viagens sobre ser mãe: eu adoro crianças e elas sempre me adoram! Nas festas de família, enquanto as mulheres conversam eu brinco com as crianças. Os fins de semana aqui em casa são cheios de crianças (que a Alicia e o Guga não me leiam, pois eles juram que são adolescentes!) nuggets, bolos e brincadeiras. E por conta disso todo mundo diz que eu vou ser a mãe mais boazinha do mundo ou que meu filho vai ser um poço de mimo! Mas não! Gente, os filhos dos outros tem as mães deles para educar, impor limites, corrigir. Então eu posso ser só a tia/prima mais legal do mundo! Já com o nosso eu serei a mãe! E o papel de ser chata de vez em quando, de dizer "nãos" e corrigi-lo será meu (e do pai, claro!). Então já estou até vendo meu filho ouvindo "nossa, sua mãe é tãaaaaaao legal, queria que a minha fosse assim" e ele respondendo "Legal? Legal com você! Vai ser filho dela pra ver...." Hahahaha, diz aí se eu não sou doida? Além de falar comigo mesma ainda invento diálogos com uma pessoa que nem existe! E ainda boto vocês para ler isso tudo, hahahaha!
Beijos
Lud